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Meditação contra a Depressão


Há tempos vinha percebendo as pessoas agindo de modo estranho, diferente. Não sabia bem o que era. Todos falavam uma coisa e faziam outra. Reclamavam de algo mas não faziam nada para melhorar a situação. Sentiam-se dominadas por alguma coisa, mas não identificavam o que era. E muitas delas tomavam remédios para se sentirem melhores de alguma forma.

                                Foto por Gabriel (@natural) on Unsplash


Essa época de observação foi antes de eu começar a meditar. Eu achava que as pessoas eram mesmo daquele jeito, sem atitude, sem ambições, sem vontade de ficarem bem. E então eu comecei a ler, estudar e pesquisar sobre a tal da depressão e me surpreendi com o que descobri.

De acordo com a definição sobre a doença, no site do Ministério da Saúde:

A depressão é uma doença psiquiátrica que afeta o emocional da pessoa, que passa a apresentar tristeza profunda, falta de apetite, de ânimo, pessimismo, baixa auto-estima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado.


Considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o "Mal do Século". No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa auto-estima, que aparecem com freqüência e podem combinar-se entre si.

Sintomas da depressão

Além das alterações de humor ou irritabilidade, ansiedade e angústia a depressão possui diversos sinais e sintomas, que podem ser isolados ou somatizados.
  • humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia;
  • desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;
  • diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis;
  • desinteresse, falta de motivação e apatia;
  • falta de vontade e indecisão;
  • sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio;
  • pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa auto-estima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte. A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou até mesmo tentar suicídio;
  • interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom “cinzento” para si, os outros e seu mundo;
  • dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;
  • diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido;
  • perda ou aumento do apetite e do peso;
  • insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos freqüentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo);
  • dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarréia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.

E então entendi que muitos estão doentes e não sabem. Muitos estão deprimidos e não conseguem se curar. Essa doença, ainda cercada de preconceito e descaso por alguns, acaba com o indivíduo, sua família, seus relacionamentos sociais e profissionais. A pessoa fica doente e não consegue muitas vezes perceber isso, pois os sintomas não são claros como de uma catapora ou gripe. São sintomas que confundem, que variam de pessoa pra pessoa e de situação para situação. 

Nossas cargas de trabalho, compromissos e responsabilidades exigem demais de nossos corpos e mentes. Estamos exaustos a maior parte do tempo. Acabamos achando que o cansaço, a irritação, dificuldade de concentração, insatisfação, distúrbios do sono e indecisão são coisas "normais" de se sentir. NÃO SÃO!

Quando sentimos tudo isso por muito tempo, alguns podem achar que é "frescura", preguiça, má vontade...poxa, não é nada disso! Vamos acabar com essa falta de conhecimento e preconceito sobre depressão e seus sintomas brutais que podem acometer qualquer pessoa, em qualquer idade, gênero, condição social e profissão.

A depressão mal reconhecida dificulta o tratamento. A falta de conhecimento e o preconceito em torno da doença piora tudo, pois gera o sentimento de não pertencimento do indivíduo e o isolamento, que agrava ainda mais a situação.

                               Foto por Gabriel (@natural) on Unsplash


DEPRESSÃO E MEDITAÇÃO

A depressão pode ser ocasionada por vários fatores. Um deles é o estresse por tempo prolongado, que aumenta os níveis de cortisol no organismo e gera uma inflamação sistêmica muito prejudicial que pode desencadear um processo depressivo.

A prática meditativa diminui os níveis de cortisol no sangue, atenuando o efeito inflamatório. Também permite que o praticante melhore seu gerenciamento emocional, conseguindo evitar situações estressantes e deixando de ficar ansioso. A irritação diminui e a qualidade do sono aumenta. Dessa forma as saúdes física e mental já começam a melhorar e os sintomas da depressão são amenizados.

Uma das coisas mais importantes que a meditação traz para quem sofre de depressão é a autopercepção e uma chamada urgente para o autocuidado. 

É esse poder de atitude e de decisão que a meditação desenvolve no praticante que faz com que as mudanças necessárias na vida sejam feitas para que tudo melhore e a fonte causadora de estresse, cansaço e tristeza sejam eliminados do caminho.

A meditação traz ao meditador o poder da atitude. Só tratar sintomas não resolve a causa do problema. Por isso deve-se eliminar o problema, não só os sintomas.

Aprenda a meditar.
Medite.









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